terça-feira, 31 de dezembro de 2013

O melhor e pior da TV em 2013

Olá, gente!

2013 chega ao fim e é hora de relembrar o que deu certo e o que não funcionou na nossa TV esse ano.

O que deu certo:

NOVELAS: Se ao contrário de 2012, não houve esse ano nenhuma novela marcante, por outro lado poucas produções decepcionaram de verdade. Ás 18h acompanhamos o ótimo desfecho de Lado a Lado, que teve um desempenho sofrível na audiência, mas ficou bastante interessante do meio para o final. No mesmo horário, Flor do Caribe pareceu convencional demais a princípio, porém surpreendeu pela narrativa ágil e pelo seu pano de fundo ousado, que abordava o nazismo. Sua substituta, Jóia Rara, é mais um acerto de Duca Rachid e Telma Guedes e, na última semana, ficou ainda mais interessante. E poucas novelas conseguiram retratar personagens complexos tão bem como fez Sangue Bom, a primeira novela inédita de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari, ás 19h. A saga de Bento(Marco Pigossi) e Amora(Sophie Charlotte), romance polêmico que esbarrava nas diferenças de caráter de ambos, não estourou na audiência, mas sua repercussão foi bastante positiva entre o público e a crítica. Merecem destaque tembém o remake de Saramandaia, que passou praticamente batido, mas encantou quem se prestou a ficar acordado até tarde pra assistir aqueles personagens surreais, porém irresistíveis. Da Record, menções honrosas para as divertidas Balacobaco e Dona Xepa. Na atual novela da emissora, Pecado Mortal, Carlos Lombardi mantém suas marcas registradas(homens sem camisa, humor anárquico, correria desenfreada) e ao mesmo tempo se mostra capaz de fazer uma trama mais densa e adulta, como pede o horário das 22h. Chiquititas, no SBT, não repete o mesmo sucesso de Carrossel, mas mostra-se uma novelinha agradável.

MINISSÉRIES E SERIADOS: O Canto da Sereia abriu o ano de 2013 na Globo em grande estilo. O maior mérito desta trama policial inspirada na obra homônima de Nélson Motta foi retratar a Bahia e seus costumes de forma não-estereotipada, como é tão comum em outras produções. Pé na Cova reafirmou o talento de Miguel Falabella para escrever seriados. A série consegue fazer comédia com um assunto delicado como a morte sem resvalar para o mau gosto, o que é muito difícil. As terceiras temporadas de Tapas e Beijos e Louco por Elas(que foi definitivamente encerrada esse ano) também divertiram, mesmo já apresentando sinais de desgaste. E A Mulher do Prefeito trouxe Denise Fraga de volta a TV em grande estilo.

ATORES: Mateus Solano faturou todas as premiações de 2013 para melhor ator e aqui não poderia ser diferente. Seu personagem em Amor á Vida, o malvado Félix, a princípio parecia um vilão efeminado demais para um personagem descrito como enrustido(e também para a proposta dramática da obra), mas aos poucos foi se tornando a sensação da novela. Na mesma trama, Antônio Fagundes, na pele do homofóbico César, esteve inspirado como há tempos não se via. Em Sangue Bom, Marco Pigossi salvou seu personagem de se tornar um chato de galochas. Acho que fui um dos poucos a ter paciência com o Bento, hehehe... Na mesma novela, Humberto Carrão, como o sinistro Fabinho, conduziu muito bem a virada de seu personagem, que se regenerou por amor. Sem falar em Marco Ricca, que teve um personagem difícil nas mãos e segurou bem as pontas. Sérgio Mamberti, voltando á TV, fez do nazista Dionísio, de Flor do Caribe, a própria encarnação do mal. Outros dois veteranos, Juca de Oliveira e Cacá Amaral, também roubaram a cena na trama de Walther Negrão. José de Abreu em Jóia Rara prova que é possível sim interpretar vilões e dar feições diferentes a cada um deles. Na trama das 6, Bruno Gagliasso teve uma raríssima chance de viver um personagem que foge do rótulo de problemático ou esquisitão e não decepciona. Aplausos pra ele. E uma menção honrosa para Gabriel Braga Nunes em Saramandaia.

ATORES COADJUVANTES: Thiago Fragoso fez de Niko um dos personagens mais simpáticos de Amor á Vida, isso depois de já ter se saído muito bem como um dos protagonistas de Lado a Lado. Na atual novela das 9, Anderson di Rizzi está ótimo como o ingênuo Carlito. Nunca foi explicado o porque de ele ser chamado de "palhaço" á exaustão por Valdirene(Tatá Werneck), mas mesmo assim o apelido caiu na boca do povão. Luís Mello interpretou praticamente dois papéis na novela, o finíssimo Atílio e o despachado Gentil, personalidade adiquirida pelo advogado depois de perder a memória. E se saiu muitíssimo bem. Pena o ator poder ser visto na reprise de O Cravo e a Rosa vivendo um personagem idêntico ao atual. Esse tipo de repetição é um problema velho que a Globo precisa resolver... Ricardo Tozzi, depois de vários papéis cômicos, está dando conta do recado em um personagem mais dramático como o Thales. Menções honrosas para Armando Babaioff em Sangue Bom, Luiz Carlos Vasconcellos, Raphael Vianna e José Loreto em Flor do Caribe, Thiago Lacerda e Domingos Montanager em Jóia Rara e Matheus Nachtergaele em Saramandaia.

REVELAÇÕES MASCULINAS: Quem diria que um descendente de Sílvio Santos faria sucesso na Globo! Tiago Abravanel, neto do dono do SBT, agradou tanto em Salve Jorge que seu personagem, antes um mero figurante no dispensável núcleo turco, fosse integrado á trama principal. Na mesma novela, Adriano Garib conseguiu dar alguma credibilidade a Russo, um torturador de mulheres que não metia medo em ninguém. Amor á Vida trouxe as ótimas atuações dos novatos Rainer Cadete, Kiko Pissolato e Felipe Tito, que tiveram seus personagens aumentados no decorrer da obra. E menções honrosas para Igor Riccki e José Henrique Ligabue em Flor do Caribe, Maurício Destri em Sangue Bom e Sérgio Guizé em Saramandaia.

ATRIZES: Suzana Vieira voltou aos tempos de ótima atriz como a Pilar de Amor á Vida. Sua personagem até possui características da própria Suzana, mas num grau bem menor do que em seus últimos trabalhos na TV. A veterana conseguiu humanizar a esposa traída de César(Antônio Fagundes) e fazer o público torcer por ela. Os altos e baixos de Paloma, que é bastante esperta em certos momentos e muito ingênua em outros, não impedem Paolla Oliveira de brilhar na trama das 9, muito mais até do que nas outras duas novelas em que foi protagonista, Insensato Coração e O Profeta. Na mesma novela, Elizabeth Savalla diverte e emociona na pele da ex-chacrete Márcia. E o que dizer de Vanessa Giácomo como a vingativa Aline? Perfeita! Em Salve Jorge, Giovanna Antonelli fez a diferença vivendo a delegada Helô, que com o tempo passou a dividir o posto de protagonista com Morena(Nanda Costa). Sangue Bom reuniu três talentosíssimas atrizes no núcleo principal, Sophie Charlotte, Fernanda Vasconcellos e Isabelle Drummond. A primeira teve nas mãos uma das personagens mais complexas da teledramaturgia e surpreendeu positivamente. Amora chegou mesmo a ser cruel, mas sempre se mostrou sensível. A segunda soube emprestar força e firmeza a uma mocinha que tinha tudo pra não empolgar. Malu foi demais! E a terceira transformou a marrenta Giane numa das personagens mais carismáticas da trama de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari. Na mesma novela, menções honrosas para: Giulia Gam, que fez de Bárbara Ellen uma vilã divertida mesmo quando não tinha mais função alguma, e Déborah Evelyn, que deu conta do recado como a sensível Irene. Grazi Massafera evoluiu bastante como atriz em Flor do Caribe. E destaque também para Vera Holtz, impagável como a Dona Redonda de Saramandaia.

ATRIZES COADJUVANTES: Toda vez que a traicoenta Amarilys de Amor á Vida entra em cena, o público se morde de raiva. Mérito total de sua intérprete, Danielle Winits, que prova ser capaz de fazer papéis bem melhores do que o de gostosona. A trama que envolve Perséfone só não é mais boboca graças ao talento de Fabiana Karla. Bruna Linzmeyer, como a autista Linda, emociona nas poucas vezes em que aparece em cena. Sangue Bom reuniu coadjuvantes maravilhosas, Letícia Sabatella, Regiane Alves, Marisa Orth e Ingrid Guimarães. Letícia e Regiane deram vida á duas mulheres deliciosamente imperfeitas, totalmente possíveis de encontrar na vida, enquanto Marisa e Ingrid arrancaram boas gargalhadas ao viverem personagens malucas, porém irresistíveis. Sem esquecer da ótima participação de Andréia Horta, como a sofrida Simone, e Maria Helena Chira, a psicopata perfeita na pele de Lara Keller. Menções honrosas ainda para Cyra Coentro em Flor do Caribe, Laila Zaid, uma presença luminosa em Além do Horizonte, e Chandelly Braz que soube fazer da Marcina de Saramandaia uma mocinha fogosa e pura ao mesmo tempo.

REVELAÇÕES FEMININAS: Apesar de o núcleo da Valdirene em Amor á Vida ter caído na repetição, ninguém pode negar que foi acertadíssima a escalação de Tatá Werneck pra viver a periguete frustrada. A ex-MTV não precisa fazer caras e bocas pra ser engraçada, a graça é espontânea. Maria Casadevall continua muito bem como a Patrícia, mesmo sua personagem sendo totalmente dispensável a essa altura da trama. Menções honrosas ainda para Tatiana Alvin, Aline Dias e Tuna Dwek em Sangue Bom e Laura Neiva em Saramandaia.


O que não funcionou:

NOVELAS: Salve Jorge provou que tramas policiais não são o forte de Glória Perez. A trama, que falava sobre tráfico de pessoas, causou risos quando deveria ser séria. Foi uma das novelas mais idiotas do horário nobre da Globo. Amor á Vida teve vários méritos, mas mostra que Walcyr Carrasco não está totalmente preparado para o horário das 9. Seu texto deixa muito a desejar. Quando não apela para piadinhas tolas e fora de hora, recorre a um didatismo forçado. E esticar a trama também não foi um bom negócio. Ás 19h, antes de assistir á excelente Sangue Bom, tivemos que conferir o péssimo desfecho do equivocado remake de Guerra dos Sexos. O mote dessa trama(a competição entre homens e mulheres) fez sucesso nos anos 80, mas soou totalmente ultrapassada nos dias de hoje. Mas o maior equivoco de 2013 em termos de novela foi mesmo Além do Horizonte. A proposta de uma novela mais dramática ás 7 da noite era interessante, mas a trama dos estreantes Marcos Bernstein e Carlos Gregório se perdeu logo no início ao lançar uma série de mistérios sem solução ao público, dando a impressão de que não tem história. Resultado: a audiência é a mais baixa de todos os tempos no horário.

MINISSÉRIES E SÉRIES: A Grande Família, que está no ar desde 2001, teve esse ano sua pior temporada. O desgaste da série e o cansaço do elenco são evidentes. Parece que a temporada de 2014 será a última do programa, mas era bem melhor ter encerrado já em 2013. O Dentista Mascarado marcou a estréia desastrosa de Marcelo Adnet na Globo e ainda reforçou a mesmice do texto dos roteiristas Alexandre Machado e Fernanda Young. Os dois andam preguiçosos e com mania de copiarem a si mesmos a cada trabalho. Não que eles sejam os únicos autores a se repetirem, mas ambos emplacam uma série a cada ano, sem tempo de descanso. Assim, fica difícil!

ATORES: Rodrigo Lombardi pagou mico em Salve Jorge defendendo um mocinho absolutamente sem sal como o capitão Théo. O sensível Bruno de Amor á Vida era a chance de Malvino Salvador mostrar que é mais do que músculos bem torneados, mas o galã não convence. Sua canastrice nas cenas mais dramáticas chega a ser constrangedora. Na mesma novela, Juliano Cazarré está totalmente perdido na pele do sem noção Ninho, o personagem mais rejeitado pelo público da novela. Em Jóia Rara, Carmo Dalla Vecchia, vivendo mais uma vez um vilão, repete os trejeitos do obcecado Fernando de Amor Eterno Amor. O piloto Cassiano de Flor do Caribe passou por situações trágicas, da qual seu intérprete, Henri Castelli, não soube dar conta. E menções desonrosas para Rômulo Neto e Josafá Filho em Sangue Bom; Thiago Rodrigues, Vinícius Tardivo e Igor Angelkorte em Além do Horizonte; e Marcos Pasquim em Saramandaia.

ATRIZES: Cláudia Raia realmente não nasceu pra interpretar vilãs. A pérfida Lívia Marini de Salve Jorge nunca convenceu. Os momentos em que a chefona do tráfico humano sacava sua seringa pra acabar com seus inimigos virou alvo de chacota geral. Eliane Giardini exala preguiça como a enfermeira Ordália em Amor á Vida. Não existe nenhuma diferença entre sua atual personagem e a Muricy de Avenida Brasil. E as personagens anteriores da atriz... Bianca Bin atualmente se sai bem como a mocinha de Jóia Rara, mas na pele da vilazinha Carolina de Guerra dos Sexos esteve permanentemente com "cara de paisagem". Na atual novela das 6, Carolina Dieckmann mais uma vez prova sua extrema limitação como atriz vivendo Iolanda, sua primeira personagem de época. A despachada Rosemere de Sangue Bom era uma personagem interessantíssima, mas naufragou nas mãos de Malu Mader. A musa simplesmente não conseguiu vestir confortavelmente o uniforme de garçonete do bar Cantaí e ainda deixou a personagem mais grossa e chata do que já era. Da mesma novela, uma menção desonrosa pra Carla Salle, a artificialidade em pessoa como a fútil Mel. Lívia de Bueno, na pele da Laura de Saramandaia, teve a expressividade de um chuchu.

E por fim, uma menção especial para Marina Ruy Barbosa. A ruivinha roubou a cena no início de Amor á Vida como a órfã milionária Nicole, de modo que sua trama era a mais envolvente da novela. Mas a polêmica em torno dos cabelos da atriz, que se recusou a raspá-los para incorporar o drama da personagem, que sofria de câncer, acabou ofuscando essa ótima história e fazendo com que Walcyr Carrasco resolvesse matar a personagem. Se a atriz fez certo ou não ao se recusar a raspar a cabeça, é outra questão. Mas caiu na besteira de aceitar continuar na trama mesmo depois da morte de Nicole, como um fantasminha que assombrou os golpistas que ficaram com sua fortuna. Um erro em todos os sentidos. Pra sorte da atriz, a "noiva-cadáver" agora descansa em paz definitivamente. Ufa!


E aí? Pra vocês, o que deu certo e o que não funcionou na TV em 2013? Opinem e tenham um Feliz Ano Novo! Até mais!

domingo, 8 de dezembro de 2013

Horário de verão bagunça programação da Globo em metade do país

Em 2008, quando o Ministério da Justiça determinou que as emissoras de TV passassem a respeitar a classificação indicativa de seus programas(que está atrelada a horários a partir das 20h) de acordo com a hora local de cada região do Brasil, a Rede Globo adotou um sinal diferenciado para as regiões com 1 ou até 2 horas de atraso em relação ao horário de Brasília, que ficou conhecido como Rede Fuso. Nos estados de MT, MS, e Região Norte, a programação global sofreu mudanças significativas. Exemplo: Após o Jornal Nacional, entrava no ar a novela das 19h(na época, Beleza Pura) e, em seguida, a novela das 21h(na época, Duas Caras, que tinha classificação de 14 anos e só podia entrar no ar nesse horário). Com isso, o futebol ao vivo nas quartas-feiras dançou, uma vez que coincidia com o horário da novela. Depois de Duas Caras, era exibido o Cinema Especial e, antes do Jornal da Globo, era exibido um compacto de 20 minutos do jogo transmitido em grande parte da rede.

Essa situação durou até junho daquele ano quando Duas Caras foi substituída por A Favorita, classificada para maiores de 12 anos. Assim, o futebol voltou a passar ao vivo nessas regiões, mas a exibição da novela das 7 nesses dias acabou afetada, com capítulos que não chegavam a 20 minutos de duração. A Rede Fuso até procurava compensar a curta duração da novela ás quartas-feiras, com capítulos mais longos na quinta e na sexta, mas dessa forma, acabava atrasando ainda mais a programação. Detalhe: o Jornal da Globo nessas regiões(com exceção das quartas-feiras de futebol) é até hoje exibido gravado e, consequentemente, desatualizado.

Em outubro de 2009, as afiliadas globais dos estados fora do horário de verão(como a Região Nordeste) também passaram a integrar a chamada Rede Fuso. Telespectadores de Pernambuco, por exemplo, passaram a assistir ao JN ás 19h15(pelo horário local), logo depois á novela das 7(na época, Caras & Bocas) e em seguida á trama das 9(na época, Viver a Vida). Essa prática é adotada até hoje. Quando a Globo promoveu em seu horário nobre alterações que seguem até hoje (a novela das 6, passou a ir ao ar ás 18h25, a das 7 ás 19h30, o JN ás 20h30, e a novela das 9 ás 21h10) deu início á outro problema nos estados com fuso horário diferente e nos que não seguem o horário de verão: as transmissões de futebol ás quartas começam com mais de 10 minutos de bola rolando. Ou seja: o telespectador dessas regiões começa a ver o jogo sem saber direito as escalações dos times e quem está apitando a partida e, ás vezes, já tendo saído um gol! Na Região Norte, em época de horário de verão(quando a diferença de fuso é de 2 horas), a situação é ainda pior: só é possível assistir o futebol a partir do segundo tempo!

Quando há transmissões de eventos especiais em horários incomuns, a bagunça toma conta da programação. Um dia desses, quando rolou jogo da Seleção Brasileira num sábado á noite, os telespectadores do Nordeste ficaram sem assistir á novela Além do Horizonte para que a transmissão do jogo pudesse passar na íntegra. No Acre, cuja diferença de fuso nessa época do ano é de 3 horas, a partida começou a ser transmitida depois da novela das 7, e Amor á Vida foi exibida ás 21h30 locais, depois do futebol. E esse ano, o reality musical The Voice Brasil passou a ir ao ar nas noites de quinta-feira, depois da novela. Atendendo a pedidos do público das regiões Norte e Nordeste do país, a Globo adequou sua grade pra que o programa pudesse passar ao vivo também nessas regiões. Com isso, não só a novela das 19h, mas também a das 21h ficaram com capítulos mais curtos em relação á rede. Á exceção, aparentemente, foi no Acre, onde alguns telespectadores dizem que Amor á Vida está indo ao ar após o The Voice.

Telespectadores criticam diariamente a desordem que tomou conta da programação global em metade do país por conta do horário de verão. Mas a Globo não é a única culpada. Os responsáveis por isso são os pseudo-censores do Governo que, não contentes em atrelar a famigerada classificação indicativa á horários, ainda obrigam as emissoras a terem uma programação diferente em cada região do país. E ocasionam exibições de telejornais gravados e desatualizados, transmissões que iniciam com jogos já em andamento, novelas com capítulos curtíssimos em um dia e absurdamente longos em outro(e que, assim, perdem o chamado "gancho", situação que visa prender o público para o próximo capítulo)... Enquanto o nosso governo não cogitar mudanças nas leis de classificação indicativa e de fuso horário, a tendência é que esses transtornos continuem. Infelizmente!